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Como é feita a gestão florestal nos dias de hoje?

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A gestão florestal é uma atividade essencial para garantir o uso eficiente, sustentável e economicamente viável dos recursos florestais. Ao longo dos anos, o setor florestal tem evoluído — mas muitas das práticas ainda são baseadas em métodos tradicionais, com uma adoção gradual de tecnologias digitais. Neste artigo, vamos analisar como a gestão florestal é feita atualmente e quais ferramentas estão sendo utilizadas por empresas de diferentes portes.

  1. Planejamento Florestal: Excel ainda é o protagonista em muitos casos

Apesar da crescente digitalização, muitas empresas ainda utilizam planilhas eletrônicas (Excel ou similares) como principal ferramenta de planejamento. É comum ver planejamentos anuais de silvicultura, colheita ou transporte sendo feitos manualmente, com pouca integração entre áreas e alto risco de inconsistências ou retrabalho.

Mesmo quando há uso de sistemas de gestão, nem sempre eles são integrados com o restante da operação, o que gera silos de informação e dificulta a tomada de decisão em tempo real.

  1. Controle Operacional: ERPs genéricos ou sistemas setoriais

Algumas empresas já utilizam sistemas ERP para registro de movimentações, custos e contratos. No entanto, esses sistemas nem sempre estão preparados para lidar com a complexidade da cadeia florestal — desde o preparo do solo até o carregamento da madeira no pátio industrial.

Como alternativa, algumas companhias adotam softwares específicos (como sistemas de controle de silvicultura, colheita ou logística específicos), mas em muitos casos a falta de integração entre essas ferramentas gera lacunas e retrabalho.

  1. Coleta de dados em campo: de pranchetas a aplicativos

A coleta de dados no campo ainda é, em muitos casos, feita de forma manual — com pranchetas, formulários em papel e digitação posterior. Esse processo não só aumenta a chance de erros como também gera atrasos no acesso à informação.

No entanto, empresas mais atualizadas já utilizam aplicativos móveis integrados a seus sistemas, o que permite registro de dados em tempo real, com georreferenciamento, fotos e validações automáticas.

  1. Monitoramento e imagens: drones, satélites e sensores

Ferramentas de monitoramento por imagem têm ganhado espaço: drones são utilizados para mapeamento de áreas e avaliação visual de talhões, enquanto satélites como Planet ou Sentinel oferecem atualizações regulares da cobertura florestal.

Empresas mais avançadas utilizam NDVI (Índice de Vegetação), modelos de predição de falhas, e até mesmo dados meteorológicos para compor uma visão mais ampla do status da floresta — embora nem todas consigam integrar essas informações à gestão do dia a dia.

  1. Indicadores e tomada de decisão: dashboards isolados

Mesmo com a coleta de dados, muitas empresas têm dificuldade em transformar esses dados em indicadores estratégicos e decisões rápidas. Painéis de BI (Business Intelligence) são utilizados por algumas organizações, mas muitas vezes construídos de forma pontual e não conectados diretamente aos sistemas de operação.

O resultado é uma gestão reativa, com pouca previsibilidade e baixa capacidade de antecipação de riscos ou gargalos.

E o que vem pela frente?

O cenário atual nos mostra um setor em transição. Há um claro movimento de digitalização e uso de tecnologias específicas, mas ainda com muita fragmentação de dados, baixa integração entre sistemas e limitações no uso analítico da informação.

Mas essa realidade está mudando rapidamente.

No próximo artigo, vamos mostrar como as novas tecnologias, incluindo Inteligência Artificial, modelos preditivos e assistentes virtuais inteligentes, estão transformando a maneira como os gestores florestais podem atuar — com mais agilidade, assertividade e visão estratégica.

A revolução digital na floresta está só começando.



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